Um levantamento recente revelou um marco importante na educação inclusiva: o número de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em escolas regulares no Brasil cresceu 50% em um único ano. O dado reflete um avanço significativo, embora os desafios para as famílias ainda persistam.
Apesar do aumento nas matrículas, muitos pais e responsáveis continuam enfrentando obstáculos. Relatos de dificuldades para conseguir vagas e garantir o apoio adequado para seus filhos são frequentes, mesmo com a legislação que obriga as instituições de ensino a acolherem alunos com deficiência e a oferecerem suporte.
O tema tem ganhado destaque em diversas esferas. A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados, por exemplo, aprovou medidas para aprimorar políticas públicas, incluindo a ampliação do cuidado integral e a criação de salas sensoriais em ambientes educacionais. A discussão no Congresso e a aprovação de leis específicas em estados como São Paulo, somadas a projetos como a isenção de Imposto de Renda para autistas, mostram que a inclusão é uma pauta cada vez mais presente na agenda nacional.
Esse cenário complexo, que mistura avanços numéricos e desafios diários, reforça a importância de políticas públicas eficazes e do comprometimento da sociedade na busca por uma educação realmente inclusiva.

